27 de nov. de 2010

Sonho



- Oi
- Oi.
- Como vai?
- Te amando ainda.
- Hã?
- É se faz vinte e quatro dias, mas eu sinto como se fosse ontem.
- Do que você está falando?
- De mim, de você, do destino.
- Ainda acredita nisso?
Silêncio
- Hein, me responde! Ainda Acredita?
- Infinitamente... todas as manhãs...todas as noites...
Silêncio
- Não pode ser.
- Não poderia se eu não te amasse.
Silêncio
- Poderia menina, poderia.
- Eu te amei muito, te amo muito e vou te amar mais ainda, menino. Só que o amor me correu.
- Como?
- Acabou
- Acabou.
- É
- Ou não.
- Têm outros agora. Outros meninos, outras vidas, outros sussurros, outros sorrisos.
- Mas se lembra ainda de mim?
- Milhares de vezes. Andando por aqui, eu lembro mais ainda.
- Você nunca mais voltou aqui.
- Não. Escolhi viver o real do que sonhar.
- A gente precisava conversar menina.
- Sim. Mas tem que ser só quando acordar, porque o sonho é meu, e aqui você fala o que eu quero.
- Eu diria o que agora?
- Que sentiu saudades. Que sempre me quis. Que sempre me procurou. E que me espera.
- Mas não seria verdadeiro.
- Ou seria?
- Seria. Porque talvez você sente isso. Talvez, você ainda sonha também comigo.
- Talvez
Silêncio.

E acordei com o despertador tocando, no mesmo quarto, com o edredom da fada sininho, e com o mesmo coração. Mas parece que o amor já não é mais o mesmo de sempre...

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