7 de nov. de 2010

Entender, a gente não entende.




Eu conheço um cara, e ele é perfeito. Disse que quando terminar a faculdade, ele vem me buscar ou é para eu ir fazer a faculdade de odontologia que eu sempre quis lá. Ele disse que me ama e que eu sou o amor platônico dele e para piorar a situação, ele disse que vai se casar comigo. Coração não entende as minhas ordens e meu cérebro me obedece. No fundo, não quero. Ou eu quero? Tanto Faz. Só quero sair dessa. Toda às vezes que chega uma mensagem para mim, eu estranho. Toda vez que eu vejo uma história como a nossa me dói à alma. Parece que eu não tenho mais sonhos grandes e bonitos. São apenas coisas sem importância que nem eu mais me importo. Vejamos. Meu quarto dia. E é opção inversa.
Não são mais três, nem cinco. São quatro. São 96 horas. São 96 horas de agonia e de crise de risos de lembrar, de planejar e até mesmo, 96 horas para respirar fundo. Lembro que a vida era pureza, alegria e sonos profundos. E agora menina? Como que eu faço para te ajudar a sair dessa? Escrever não vai te ajudar. Escrever vai piorar amar outro vai fazer comparação aos outros. Não ligue mais para meninos, isso vai se sentir como na última vez, a traição. Aí Menina, pobre de você. Pobre de você que ignora o que sente e se sente, escreve e não diz. Pobre de você que pensa que ele se importa, mas ele não se importa. Ele quer ser feliz com a vida que escolheu e você o perturba com isso. Meu cérebro só me diz coisas horríveis.
Quem tem um sonho, dança sim, Cazuza. Imagino, eu não posso esperar até que ele chegue aqui e diga que eu sou a mulher da sua vida. Imagino, eu não posso esperar o resto da minha vida uma ligação dele me pedindo desculpas e dizendo o quanto não vive sem mim. Isso é horrível. Tenho dezessete anos e não quinze. Sei a diferença quando um menino quer e quando ele não quer. No início, até achei que ele queria. Mas agora, eu não tenho mais nem a noção de quem sou eu. Perdi minha identidade por aí. Perdi meu jeito e o meu sorriso. Agora virei uma menina estranha que tem um laço em forma de presilha de cabelo. Isso é coisa de menina bem resolvida? Não, não é. Virei bizarra com um amor bizarro e impossível. Nossa, que orgulho. Não tem nada de orgulho, cérebro. Conversar com o cérebro é chato. É ridículo. Trás a dor porque a gente sabe que ele está certo, mas escolhemos escutar a nossa imaginação que é imensamente mais linda que o nosso cérebro. Amanhã já é segunda e no ano passado, a gente ainda era aquela relação que eu nunca vou entender. Dói é que eu virei uma página rasgada. Mas, além disso, o drama acaba sendo divertido. Percebo a preocupação da minha mãe com o meu momento isolada nesse quarto tentando pelo menos escrever esse texto. E eu escuto música da Avril que diz: You make me wanna scream. E vai ver que é isso que acontece. Você me faz querer gritar. E eu não tenho voz mais para gritar. Tem como isso? Não consigo. Não quero conseguir. Fiz esse texto pensando que era uma menina bem resolvida, que não escutava mais nada. Mas é ao contrário. Consigo escutar mais agora do que antes. Não consigo mais nem acreditar em nada. Só quero ficar bem.

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