21 de nov. de 2010

O grande amor de quinze anos



Conversando com minhas amigas, percebi que não sou a única que tenho um amor de quinze anos inabalável. Que nem os amores de dezesseis ou até mesmo de dezessete supera. Hoje, só consegui me jogar pelos cantos.  Não sei mais reagir. Não quero me arrastar. Não quero mais nada também. Nem o bombadinho que eu acho ele um verdadeiro amor. Não quero nada. Na verdade, eu quero sim. Não agüento mais esse amor de quinze anos. Não agüento mais esse amor. Amor deveria ser Amor se fosse apenas correspondido. Agora e se não é correspondido eu sofro. Ele sofre. Alguém sofre. E acaba.
Nossa. Menina resolvida você. Sofre por um cara que é feliz sem você. Ele é feliz sem você. Ele é feliz. Entenda isso. Entenda isso agora. De preferência hoje. Ele consegue tudo o que você não conseguiu. Ele é o seu oposto. Mas é o meu amor de quinze anos. É o seu grande amor. Aquele que mesmo que fosse te ligar às cinco da manhã em um sábado e você estará deitada com o seu novo namorado, você vai escutar cada palavra e ainda o tratará como se fosse um novo amigo.
E esse amor me fez várias vezes virar a noite. Fez a menina que se julgava forte, e arrogante chorar. Mas eu peço que hoje, quem for te amar te ame como eu amei. Te ame como se o mundo inteiro fosse acabar amanhã. Te ame até mais do que eu. Eu poderia criar um conto feliz para um amor de quinze anos. Mas eu não sei nem ao menos como parar de relacionar isso. Não sei ao menos esquecer. E o mais triste, ainda existe a impressão que eu tenho quinze anos e que eu sinto tudo isso. Mas não. Eu tenho dezessete. Tenho que ter um amor de dezessete. É tão difícil. É tão sozinho.
Deixará de existir para que ele exista. Para que todos um dia saibam que ele é o verdadeiro amor da sua vida. Que nada o trará de volta também. Porque ele preferiu ser o príncipe feliz e fazer uma pobre menina feliz. E agora sobram pessoas sozinhas, indo e vindo comigo. Acompanham-me e me forçam sorrir. Fazem-me acreditar que viver sem amor é melhor. Fazem-me acreditar que eu sou melhor sem você. Mas eu não quero mais acreditar nisso. Eu sou pior sem você. Eu sou fria sem você. Eu sou isso. Não sou mais nada daquilo. Nada continua igual, apenas o amor de quinze anos que nunca mais foi embora. E olha que já são 432 horas sem você.

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