11 de nov. de 2010

Não sou a última



Meu oitavo dia sem você. 192 horas me fazem entender que eu não sou a última menina solitária do mundo. Me faz entender que o futuro talvez seja melhor, e que tudo tem um motivo, seja péssimo ou bom. A gente sofre rala, canta, grita alto. Se sofrer agora, mais tarde, você vê que foi estupidez. Ou que mais tarde, vai ter uma gratificação no final. Ou valerá ou não. Mas no fim, aprende. Gritando alto, fazemos com que o mundo pare de tanta idiotice. E isso eu entendo. Não sou a única, nem a última menina solitária. Vou escolher não ter alguém do meu lado, porque eu quero me curar. Só isso.
Eu acho que no fundo, me curei, estou bem. Mas não quero recomeçar nada, hoje. Amanhã, mudo de idéia. Mas hoje, não. Hoje, vejo sol se pondo, me sinto bem. Sinto um vento no meu rosto, sinto bem, não me sinto sozinha ou perdida, sem ele. Tudo bem há uma falta que ninguém altera nem textos, nem nada. Mas e aí? Ele tá bem com a vida, e eu posso ser feliz com a vida que eu quero escolher. Se for, vai ser. Daqui dez, quinze, seis anos, eu posso dizer que eu tentei viver sem você, mas que talvez, nunca consegui. Eu ando aceitando os fatos, eu ando crescendo. Vendo meus erros e tentando acertar cada vez mais. Escolhendo viver, escolhendo saber ao certo qual é o caminho devo seguir.
Daqui um ano, pode voltar tudo, pode recomeçar todo meu sofrimento e o meu tormento. Mas hoje, eu aceito os fatos, não sou a única que sofre, nem a última que vai querer ficar sozinha agora. Mas que um dia, tudo vai voltar ao normal. E um dia, eu e você, vamos perceber que não foi um erro nosso. Foi um acerto.

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