9 de nov. de 2010

O Sonho Azedo.





Meu sonho não é doce. É azedo. Tão azedo que é capaz de fazer mal a quem gostar dele. Estou escrevendo esse texto antes de completar o sexto dia, porque eu simplesmente não sei mais o que eu faço. Me comovi relendo tudo, escrevendo então esse texto vai me fazer chorar. Mas quero ser forte, mas eu nunca consigo. O sonho sempre foi o mais doce possível até que, garotinho, você estragou tudo. Absolutamente tudo. Fui sua consciência nesse tempo todo e eu sei que de um jeito ou de outro eu não saí do seu pensamento. Você beijou meninas na minha frente, declarou seu amor por elas, e eu fiquei brava, bravíssima. Ora, sou sua consciência, deveria ter o mínimo de respeito não é? Mas não houve nada disso.
Tudo era lindo. O meu ano seria o nosso ano. Tudo. Mas foi em vão. E hoje, quando desci as escadas para ir até a cozinha, eu me lembrei de tudo. Vi um pão de queijo e me lembrei de você. Lembrei daquela madrugada que eu sentei nas escadas e fiquei conversando com você. Lembrei do começo até o fim da nossa história em todos os mínimos detalhes. E todo mundo me apoiando na minha idéia mais maluca e complexa que poderia existir. Mas no fundo, só sentiam pena de mim. Tadinha da Layla. Ela ficou louca. Ela ficou retardada. O que custa amar aquele estranho que te dá moral? Ou então, por que você não pode amar seu próprio namorado, Layla? Eu não consegui.
Não me entreguei. Não fui inteira. Fui inteira sim, mas foi com o menino que hoje abandono aos poucos. Fui inteira e mostrei minha verdadeira face. Carente, mimada e apegada em tudo. Usei máscaras no começo, mas depois deixei para lá. Mas ele não me aceitou assim. Me abandonou depois de algum tempo. Me deixou sozinha. Sem meninos estranhos, com o coração vazio, com a minha dieta maluca e o pior de tudo, sem ele. Meu sonho. Aí, era tão doce, tão puro. E parece que o coração agora manda seguir por outro caminho. Não consigo ser mais inteira, se eu conseguisse, até poderia tentar, mas não dá. Vou te confessar, estava na academia e desci as escadas, dei de cara com um menino bonitinho e eu não tive forças pra encarar, já que eu poderia me apaixonar por ele, ou o pior, poderia sentir nojo de qualquer tipo de amor que poderá existir entre todos.
Mas o importante, meu sonho era tão tão tão tão doce que ficou enjoativo. Ele se tornou tão tão tão tão azedo que ninguém mais quer fazer parte dele.

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