21 de jan. de 2011

O interminável conto de amor



Ele com seus dezessete, ou seria dezoito? Ela com seus dezesseis, ou seria dezessete? Em algum lugar do passado, eles eram um casal. Não, não casal propriamente dito, não um casal comum, mas eles sabiam que eram um casal, e isso era realmente importante.

Ela, com sua sensibilidade a flor da pele. Ele, com seu jeito arrogante e prepotente de ver o mundo e de se ver. Mas assim não dava, assim, nada se resolveu, até que em uma noite fria e bastante chuvosa, ela pode dizer o que queria. E ele? Ele fez o que?  Ele apenas disse que não poderia corresponder toda aquela expectativa, mas ainda continuavam sendo um casal, um casal de conto de fadas moderno, mas sim, um casal.

Eles, que sempre foram tão unidos, tão bonitos e tão admirados, por pessoas diferentes, também seguiram caminhos diferentes. Era isso que o destino havia preparado para aqueles dois, aqueles que um dia duvidaram do amor, e que estavam recebendo em dobro as suas dúvidas, e as suas lutas. 
Não se falavam mais, não se viam mais, não se importavam mais. Era isso que o destino queria? Não eram mais amigos, nem ao menos conhecidos, se afastaram e se perderam.

Tudo acontecera rápido demais, ela se apaixonou, ele não. Ela se iludiu, ele não. Ele partiu, ela ficou. Tudo era confuso, um passo adiante para ela, era trezentos para trás. Não era exagero, a vida não evoluía, a vida não queria mais nada a não ser afastá-los, afas... ta-los, afa...lo.

Quando houve uma forma de comunicação diferente, estranha, uma única forma. A forma de comunicação fora rejeitada e de novo, se perderam por meios de uma nova mulher, um namorado e muitos, MUITOS dramas. Mas de alguma forma encontrada, um se lembrava do outro, mas, a comunicação foi em vão, e mais uma vez se perderam. Ela se perguntava como ele está, se o cabelo dele ainda continua grande, se ainda ele quer participar de uma banda. Ele, deitado com outra em uma cama numa cidade litorânea, pergunta-se se ela ainda é dramática, temperamental.

Um se lembra do outro, mas por que não podem assumir isso? Ele sabia que se pudesse voltar, ela perdoaria. Ele sabia que para ela, nada mais interessava a não ser ele. Ela sabia que para o mundo ser perfeito, ele tinha que estar ao lado dela. Ela sabia que para ele, o desapego sempre foi maior, ele não sossegava com mulher alguma, por que sossegaria com ela?

Porque simples, ela era especial, ela era diferente de todas aquelas meninas monótonas e fáceis que ele um dia conheceu. De alguma forma, eles ainda são um casal, um casal distante. Só de saber que ele pensa nela, isso é tudo. Porque ela ainda pensa nele, e pensa muito. Eles são um casal sim. Podem mudar suas vidas, seus amores, seus dramas, mas não deixam de ser um casal. Por que não? Existem vários por aí. Podem passar vinte, trinta anos, mas sabemos que um marcou a vida do outro, seja uma lembrança boa ou péssima, mas eles vão estar na memória por um grande tempo.

E eu só fiz a minha parte, de poder compartilhar um pouco mais sobre essa história que jamais terá um fim.  Porque é isso, o amor é interminável para aqueles que acreditam nele. E você? Acredita nele? Você pode pensar nesse exato momento que não, você não acredita. Mas no fundo, todos sabem que aqueles que não admitem que sentem o amor, aqueles que sempre evitaram esse sentimento, são os que mais sentem.

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Um comentário:

  1. A tua historia é igualzinha á minha :)) eu sei o que custa.
    Parabéns pelo blog * vou seguir!

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