11 de mai. de 2011

Planos & Promessas.




Eu vou mas não sei se vou voltar. Nunca te enchi de promessas e nem pretendo. Nunca gostei disso, nunca gostei da cobrança. Eu sou apenas uma menina que tenta escrever sobre a vida e você tem muita mais experiência. Não estou te pedindo para ficar, não estou te pedindo para que me ame depois de tanto tempo. Não estou chorando, nem estou de joelhos, implorando, para que você volte. Eu só sinto saudade mas não sei se quero recomeçar. Não sei se quero continuar te amando depois de tanto tempo. São anos, não são meses, nem dias. Um, dois anos de amargura dentro de mim, de aflição, e de espera. Não sei mais como posso evitar a vida, não sei mais como posso dizer para o cara que resolve me amar. Não posso chegar e contar nossa história mais para ninguém, cansei de ser a louca. Cansei de ferrar com os meus relacionamentos por causa de sua espera. Já deveria ter aceitado que você não vai voltar. Pois é, não vai. Ninguém vai me amar já que eu escrevo e tenho um pouco de loucura implantada em minhas veias. A sua espera só fez com que eu olhasse a vida de forma diferente, de um jeito totalmente diferente, de uma maneira apaixonante e pura.
Mas aí não sei se eu te dei o valor ou se foi você que não me deu. É uma merda viver com dúvida. É uma merda acordar e ainda procurar você pelo o meu mundo sendo que não está mais nele. É uma merda olhar para o meu celular, aflita, esperando que você me ligue e diga o que for. É uma merda continuar amando quem já me esqueceu, continuar esperando por quem nunca vai voltar, continuar escrevendo sobre o que aconteceu e mesmo assim, não esquecer. É uma merda ser sua. Nesse tempo todo, continuei sendo sua. Meu sorriso sincero era para que Deus pudesse ver que eu estava feliz e assim, te mandar para mim. Meu carinho com as pessoas, meu jeito arrogante, foi só para me fingir de durona, sabendo que a qualquer momento você iria partir. Eu sempre soube que um dia você iria embora mas não sabia que seria por minha culpa. Você escolheu, tudo bem, mas me culpo por isso. Me culpo sendo dolorida, aflita e sonhadora. Me culpo por ter te visto como algo tão alcançável, mas sabendo que estava cada vez mais longe, cada vez mais impossível.
Fiz planos, e você estava dentro deles. Não havia um que não tinha você. Desde começo, criei planos e você nunca soube disso, mas agora sabe e que se foda também. Depois de sonhar muito e boicotar todos eles, resolvi dar um tempo. Meus amores duram dois, três dias. Estou desistindo de coisas tão fáceis, desisto de amar outra pessoa. Porque eu sei, sei que depois de tudo, vai ser neles que eu vou tentar te procurar, e aí acabo sozinha de novo, de novo, e de novo. Acabo sozinha, criando planos individuais e querendo que o tempo passe.
É exatamente isso, quero que o tempo passe. Quero te encontrar daqui três, quatro anos, e olhar tudo isso com ternura. Espero que você veja tudo isso como eu vejo. Espero que sinta saudade de mim, espero que esteja esperando por mim. Mas eu sei que são só planos e pequenas promessas que fiz para mim mesma. São apenas planos, e isso não quer dizer que você tenha que voltar. São alguns planos nessas poucas linhas que tento escrever. Dentro de mim cabe o mundo, cabe você ainda. Ainda é tempo de voltar, mas ainda há tempo de se afastar. Tenho tanto medo, você me disse coisas terríveis, coisas que jamais deveriam ser ditas por alguém que te quer tão bem. Tive tanto medo, tive tanto amor e me senti tão culpada. Mas nada disso importa. Hoje, nada mais parece fazer sentido. Cansei de sorrir. Se eu não estiver com vontade, não vou sorrir, não vou aceitar, não vou falar. Os meus planos se espalharam pelo mundo, e não há mais nada o que fazer a não ser planejar como é viver sem você depois de tanto tempo. É só saudade, digo para mim várias vezes, para tentar aceitar. É só saudade, juro que é sim. Mas houve planos, então, não é só isso. Foi amor, foi saudade, foi loucura e solidão. Mas além de tudo isso, foi o que tivemos que ser. Fomos um casal, fomos amigos e cúmplices. Fomos dois loucos conversando antes do programa do Jô, fomos dois loucos planejando sobre o fato de ter filhos. Mas continuarei a não chorar, não reclamar, não desesperar. Palavras não vão mudar. Os meus planos vão se acabando com a gente. Só lamento. Lamento pelo nosso fim. Lamento pelo fim do meu amor, pelo fim da minha paciência e pela sua volta que nunca acontece. Realmente, lamento.

Comente com o Facebook:

2 comentários:


Layout: Bia Rodrigues | Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©