10 de abr. de 2011

Respiro aliviada, ufa!



O moço de sorriso lindo e de olhar misterioso foi embora. Pronto, começou o drama. O moço de sorriso lindo e com a voz mais estranha arrumou uma namorada e não me quis por perto. O moço que acabou se tornando sem graça mas ainda sim, bonito, ficou tão tão tão chato que não sei o que falar mais dele.
Acabou a magia. E eu não sei nem ao menos como pensar. É uma força que cresce dentro de mim e implora para que eu seja feliz muito mais do que um dia, mas sim, vários. Uma força que cresce e implora para que eu me meta em confusões, para que eu saia do lugar que tanto tive medo de sair. Essa força implora para que eu seja Feliz, e que consiga passar essa felicidade para quem esteja a minha volta.
Claro, foi difícil. Não quero parecer ridícula, não quero parecer infantil. Mas eu cansei de me robotizar. Eu não sou robô, eu sinto, eu penso, eu falo, crio planos malucos, e o principal, eu sonho. Sonho alto, altíssimo. Mas não me importo, eu só quero ser feliz, só isso.
Chega de me destruir. Eu posso ser feliz e descobri que posso fazer os outros felizes, e nada disso importa. Problema do menino que nunca soube me amar.  Probleminha dele e da vida perfeita que ele leva, se não teve nem a coragem de enfrentar o mundo. Que se dane o sofrimento. Eu vou ser feliz.  O moço de tão lindo se tornou sem graça. Ele é a carência em pessoa, e me fez sentir a própria carência também. Não preciso dele para ser feliz, nunca precisei para ser sincera.  Só queria que ele amasse, só queria que pudesse sentir a metade do que já senti um dia. Mas problema se ele foi incapaz. A vida é agora, amanhã deixo para depois. Pessoas me tocam, respiro aliviada. Pessoas se aproximam e vem com gracinha, respiro aliviada. Pessoas fazem piadinhas como meu jeito estressado, respiro mais aliviada. Consigo conversar com garotos sem dar na cara que eu  estou me encantando, respiro mais aliviada ainda. 
Eu só respiro aliviada porque eu sei que tudo passou. Consigo não criar mais planos vazios, nem mesmo me sinto vazia. Respiro aliviada, porque no fundo, bem lá no fundo, já sabia que era tudo maluquice do mundo, e que eu sempre soube que jamais daríamos certo. Respiro aliviada porque o tombo foi bem menor do que eu esperava.
E o que eu fiz com o meu amor? O que eu fiz com os meus amigos? O que eu fiz com a minha vida? O que eu fiz com a minha índole? O que eu fiz comigo? Eu não sei. Destruí tudo, guardei o amor para renascer mais tarde, curado, sadio. Não quero que ele me ame agora, talvez amanhã, talvez nunca mais. Porque passou, respirei aliviada por não pensar mais nele, por não lembrar mais de sua voz. Respirei aliviada porque ainda consigo me divertir com o mundo. Respirei aliviada porque o tempo havia passado, e que eu estava bem, muito bem. 

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Um comentário:

  1. muito bem Layla, adorei sua publicação, estou vivendo uma história bem parecida com essa sua. o homem q eu amo, quer me controlar como se eu fosse um robô, reclama de tudo, pra eu consiguir agradar ele eu tinha q nascer denovo, porq em tudo ele bota defeito, na minha maneira de ser, pensar e agir. não agueto mais.

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