17 de abr. de 2011

Escolha de hoje.


Criei planos, admito. E eu nunca estava nos planos dele. Não naquele momento, não hoje, não amanhã. Eu nunca estava na lista de meninas preferidas do milênio dele. Já ele, estava presente nessa listinha, de domingo a domingo, como desejado do milênio, do século, de toda minha vida. Fui a amiguinha do século, tive a paciência de Jó, sofri feito uma louca, chorei como se não existisse outro dia, reclamei de ausência sabendo que tudo aquilo não era ausência, era o fim. Foi o nosso fim. 
Para mim, é mais fácil aceitar agora, hoje. Tivemos um fim. E eu não queria aceitar que tudo foi em vão. Não queria aceitar porque era amor demais dentro de mim e eu não sabia o que iria fazer com ele. Eu sabia, o que eu sentia não iria simplesmente sumir. Ele iria diminuir, só isso. E diminuiu. E eu aceitei os fatos, aceitei e vou aceitando dia após dia. Vou aceitar até o dia que outro menino ocupar todo o lugar que ele já ocupou em mim.
Foi o maior amor que senti, foi a sensação mais estranha que acontecia, mas era lindo, ele foi lindo. Ele soube me conquistar de uma forma inteligente, e eu sempre admirei homens inteligentes. Ele soube ser conquistador mas ao mesmo tempo, conseguiu ser divertido, e eu amo homens divertidos. Não importa qual situação fosse e eu ainda continuaria a amar aquele ser. Aquele, que dediquei meus dias, e todo o amor que eu já senti o dia. Aquele que um dia foi tudo e que hoje se tornou apenas um menino que está virando adulto.
Afinal, já não estamos mais com quinze, dezesseis anos. Afinal, o mundo segue, e se for, eu o encontrarei perdido por aí.
Depois de me humilhar bastante, depois de ter me jogado nos pés dele e dizer : Toma, meu coração é seu, faço o que tem que ser feito.  Resolvi me dar valor, comecei acreditar que ele não me merecia, e que era uma perda de tempo ficar esperando que ele volte sabendo que ele pode sim voltar, mas que jamais será igual. Mas eu tinha resolvido que iria sofrer até a volta. Mas ao mesmo tempo, eu sabia que era besteira. Ele não vai voltar mesmo sabendo que iria sofrer. Ele não vai mais chegar.
Sempre vou dar a minha cara quando achar que algo que acredito. Sempre vou acreditar no 0,01% de chance que existe. Eu sou assim, fazer o que. Sempre vou falar quando achar certo, sou impulsiva e pouco consigo calar a boca. Por ser assim, o mundo pensa que eu preciso ser necessariamente uma menina que não sofre, ou quem sabe, uma menina que adora ver os sofrimentos dos outros. Ninguém se ilude comigo, porque desde início já aviso como sou.
Por mais que exista dentro de mim um buraco preto sem fundo, ainda acredito na pureza e na salvação. Ainda acredito no amor, e na magia que todo esse sentimento trás. Eu ainda acredito nisso tudo e por isso acho que mereço uma segunda chance para tentar ser feliz. Sei que mereço ser feliz, e por mais que isso seja egocêntrico, acredito nisso fielmente.
Não tive culpa, e hoje eu entendo. Ele não me amou porque a vida quis assim, e se ele me amou, parabéns, acabou me perdendo. Nunca disse porque tive medo de perde-lo para sempre, mas quer saber? Cara, eu te amei muito e você fez de tudo pra me perder, e mesmo assim não conseguiu. Eu prometi, quis, tentei, planejei. Eu seria sua até o fim. Mas o fim não chegará, ou o fim, simplesmente já aconteceu. E eu ainda vou continuar sendo sua... até não sei quando.
O fim sem happy end não é previsto e assim, pode ou não acontece. O fim só começou. E se tiver como de terminar, eu escolho. Não faça nada que me faça descrer que você mereceu todo esse carinho que senti. O amor dormiu, e eu espero que ele não acorde. Ele não disse mais nada, e eu também não. Então, calados, por favor. Não façam barulho, não quero que ele, o amor, desperte para voltar. 
Minha escolha é não sofrer pelo fim que chegou.

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