6 de abr. de 2011

O hoje de sempre.


Eu descobri sem nenhum mistério que o amor seria aquilo que você pode dar ao mesmo tempo sem estar na esperança de receber algo em troca. Amar era isso. E eu descobri, sozinha, na marra, na base do grito.  Queria sim, queria que ele me amasse e viesse me buscar, e seria perfeitamente normal se isso acontecesse. Seria perfeitamente normal porque olha, ele me amaria. Mas não, ele não me amar, não me quer por perto, e mal se lembra de mim, então esquece essa normalidade que criei na minha cabeça.
É como se eu pudesse voltar andar com minhas próprias pernas. Ando não querendo acreditar em nada. Ando querendo ser feliz, melhor para mim e para aqueles que têm o dom de me suportar.  Eu chorei mesmo, reclamei mesmo, iludi mesmo, mas chega uma hora que tudo cansa. Eu me cansei de sentir tanta dor.
Chega uma hora que você simplesmente desiste de amar porque o carinha bonitinho não te deu valor. Chega uma hora que você quer sumir. Chega uma hora que você cansa de ser rotulada, e por isso se sente mal. Mas também chega uma hora que você vai dar a volta por cima, acredite.
Por mais que tenha tentado sem concentrar em segurar sua vida, e não mudar de seu passado e temer o seu futuro.  Cheguei a não querer mais viver só para que ele existisse. Cheguei a desistir do meu futuro por medo de me perder para sempre dele, e mesmo assim, eu vou me perdendo cada vez mais. Ele se foi sim, e eu não sei se vai voltar.
Só queria saber dele e não queria mais de nada. E não há nada mais para se discordar. Sem dor alguma, consigo me ver sem ele.  Não acreditou no que eu disse e me importei com isso. Hoje, já não me importo. Eu sei lidar com a dor e com a falta do amor, então podem chegar sentimentos, pessoas, e emoções. Sei muito bem lidar com isso.
Hoje, quero-o distante. Quero escrever não só para mostrar a dor que residiu em meu peito, mas quero escrever e mostrar que tudo muda. Não choro mais, não mesmo. Ele não merece. Ele já mereceu, um dia, um dia quando havia dor, eu chorei. Ele não me amava e eu o amava muito, intensamente.  Eu descobri sem nenhum mistério que eu posso ser muito feliz, e que todos os dias serão coisas novas, e outros dias irão chegar sem dor ou com dor.
Não nego. Eu o amei, amei profundamente. E posso até dizer que foi um dos amores mais sinceros que já senti, e um dos sentimentos mais sinceros que já sentiram por ele. Não nego, eu chorei, reclamei a ausência, e ele não veio. E talvez, nunca mais voltará. Cansei de esperar por algo que consegue ser sozinho sem mim. E eu sei que posso ser feliz sem ele. Então, o drama acaba. Sejamos realistas. Realistas? Claro. 
Ele vive sem mim e eu vivo sem ele. E fomos o que podemos ser, guardamos as nossas pequenas histórias, e vamos seguir nossas vidas, talvez mais pra frente tudo volte. Mas hoje, hoje só quero esquecer e seguir. Esqueci que ele não me amou, e consegui sorri, inteira, aliviada. Não me importo se nunca mais serei plenamente feliz, mas não vou desistir de tentar de ser alguém melhor. Posso ser feliz sem ele e vou mostrar isso a todos.  

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