2 de fev. de 2011

Diferente mas tão igual.



Aí que preguiça desse mundo. Aí que preguiça de mim. Aí que falta. Aí que... Ah, puta que pariu. Tenho que parar de falar tantos palavrões assim. Mas então, andei pensando nessas loucuras da vida. De como nós passamos por outras pessoas na rua. Quem me vê na rua, de salto, toda moderninha, óculos escuros, maquiada e de batom rosa (porque é o meu preferido) jamais pensará que ando nessa indecisão, jamais conseguirá pensar que confusa seria um ótimo sinônimo ao meu nome. Mas às vezes, é difícil se maquiar, e se arrumar sabendo que já não há mais nada em sua espera.
Me arrumar, para que? Príncipes nem existem.
É tão estranho pensar que encontramos com outras pessoas nas ruas e que jamais vamos ficar sabendo se são ou não realmente felizes. É tão estranho, continuo parando em cada olhar que passa por mim, na esperança que a qualquer momento, ele pudesse chegar disfarçado, ou até mesmo, um pouco mais velho da última vez que eu vi. É tão estranho continuar nessa espera, mas não tem mais nada para ser esperado. Não há mais ninguém longe ou perto para esperar.
E se quer saber? Não me importo. Ainda engano os outros com a minha aparência de menina-mulher-super-ultra-mega-resolvida.
Fiz um mantra, apelei para qualquer forma de fé que pudesse existir em qualquer mundo estranho ou submundo. Sou uma menina, com quase dezoito anos, então, preciso parar de me comportar como se eu tivesse ainda catorze, ou quem sabe quinze. Preciso parar de inventar amores só para conseguir sorrir. Preciso parar com tantas infantilidades e manias.
Preciso me comportar como uma adulta, porque é isso que eu sou. Amarei sim, amarei quando for verdadeiro, mas enquanto isso não chega, prefiro não amar ninguém. Não quero me envolver, porque no fundo, sei que essa pose de mulher-madura-super-ultra-mega-resolvida acaba. Se eu me iludir, me sentirei como se eu tivesse novamente treze, catorze anos. E eu cansei de procurar alguma motivação para poder ser feliz, para ser completa.
Quer saber? Eu sou completa. Com ou sem ele. Com ou sem amores platônicos e impossíveis. Quero parar de me destruir, mas cada vez que penso que irei parar mais consigo me destruir. O novo menino que anda nos meus pensamentos, é lindo, juro. Mas sabe qual é o pior? Ele é impossível. Notaram? Só ando me apaixonando por quem não tem a menor chance de dar certo. Se é que eu nunca sei o que é dar certo com alguém. Não dou certo nem comigo mesma.
E para piorar a situação, ele pode até se interessar por mim, mas se interessa por outras coisas também, outras coisas que todas as meninas têm outras coisas que é melhor deixar isso bem quietinho para não fazê-lo voltar. Então, mais uma vez, desisto de me apaixonar.
É tão triste ver que tenho tanto amor dentro de mim só que não tenho para quem usar. Não tenho para quem doar.  É tanto amor que me sufoca, e faz com que meus olhos enchem de lágrimas. Porque é muito amor, é exatamente isso. Eu poderia ter amado esse menino que me deixo para sempre, se ele quisesse, mas como ele não me permitiu, preferi usar esse amor de outra forma. Preferi não me dar ao valor, porque seria bem mais fácil. Mas sei que sou uma mulher completa, e por isso, deveria sim, deveria me dar valor.
Realmente, poderia ter tentado com esse novo menino que anda ocupando minha cabeça. Anda até me fazendo escrever seu nome nas últimas folhas do meu caderno. Mas ele me vê como outra, ele me vê como sexo, ele quer me usar. E no fim, percebo que não nasci para ser usada. De tanto que me usaram um dia, hoje aprendi usar as pessoas. De tanto que me falaram que amor era realmente sofrer, acreditei.
De tanto eu me convencer que não sou frágil. Olha, eu acreditei... E acho que agora nenhuma possível dor consegue mais me abater. Sou oca, dentro e fora. Mas não me importo, o que importo é que preciso realmente aprender a usar esse amor, que me vence todos os dias. E sinto que um dia, esse amor realmente acabará. Estou aqui, não vê? Então, se consegue realmente me ver do jeito que sou, sem brilho. Se consegue realmente ver minha alma e tudo o que eu sinto, eu peço. Me salva?

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