11 de mar. de 2011

Mais um dia



Eu peço para que tudo se transforme, mas ao mesmo tempo peço para que tudo ficasse do jeito que está. Não tem como provar algo que já está tão pior, não tem como acreditar em algo, se esse algo não lhe dá motivo para crer. Não há como encontrar razão para viver se não procurar detalhadamente até encontrar de vez quando algo que dê mais fé e mais força para ir à luta.

Não suporto pessoas que nem sabem o que é sofrer e espalham pelos sete cantos dizendo que está sofrendo. Não suporto essa gente que me olha de lado como se fosse totalmente estranho gostar de levar a vida que tenho. Não suporto mais olhar de lado para cada pessoa tentando adivinhar o que cada uma delas tem, e querendo puxá-las pelo braço e dizer: Pode me contar, eu estou aqui, pode desabafar.

É obvio que, eu nunca queria deixá-lo. Mas era muito amor, era amor que podia sustentar todas as crianças da África, mas é uma pena que era o relacionamento mais humano e unilateral que já tive. Ele jamais soube que esses textos são somente dele. Ele jamais conseguiu saber, e eu também nunca contei que ele foi uma parte tão linda da minha época de me tornar uma grande mulher.
Me tornar mulher? Engraçado dizer isso não é? Mas quando eu o conheci, eu era apenas uma menina que dizia que iria crescer sim, que iria conquistar o que sonhou, e que lutaria por ele, mesmo que nossos pensamentos jamais fossem iguais, mesmo que tudo nos separava. 

Fui tão inteira para aquele menino, mas aos poucos eu tampava os meus podres, não queria que ele soubesse que era apenas uma menina que levanta todo dia e se pergunta o que vai fazer de sua vida.  Minha vida não é depressiva e por isso, não preciso fingir algo que não sou. Nem sentir mais com o fim, eu sinto. Mas às vezes me dá uma vontade de gritar no ouvido dele coisas sem lógicas, palavras sem significados.

Nunca quis entender porque eu era tão dele sendo que nunca iríamos ser eternos. Então oras, eu não sou de ninguém e nunca serei. Mas eu sei que onde eu for sempre vou me lembrar do que ele me fez sentir. Ele me sentir como nunca havia sentido antes, era tão bom, tudo era tão bonitinho que sim, que havia ter que terminar. Não sei por onde ele anda, nem quem ele beija, mas eu sei o quanto ele mexeu comigo, o quanto eu lhe quis, um dia que não muito distante de hoje.

Não tem nada novo, tudo continua exatamente como foi um dia, meio canção de Lulu Santos Né? Não tem nada diferente, são os mesmos sorrisos, o meu olhar em cima de tudo, são as mesmas pessoas e aquela velha sensação que acabei sendo esquecida em algum canto do mundo. Aquela sensação de não querer dar a volta por cima.
Não escrevo para que sintam dó do que passei, do que eu senti. Escrevo para que garotas que como eu, entenda que amor, e até mesmo a dor irá passar. Escrevo porque quero ser lida, apenas isso. Não quero dar o ombro amigo para ninguém, hoje eu que preciso desse tal famoso ombro.

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