18 de jul. de 2011

O novo



Ele é um pegador. Eu sou uma quase louca. Mas fingimos. Ele é apenas um garoto mais velho, e eu sou uma menina. Então, nenhum mistério mas é tão patético que me faz suspirar e você não me ama, e eu não te amo. Isso é bem prático de perceber. Ninguém sabe de nós dois, na verdade, poucas pessoas sabem e existem aquelas que fingem que não sabem. Você assumiu para mim o que ninguém sabia , e eu fui sua, nua e crua.  Ninguém conhece a nossa história, nem ao menos sabe se somos ou não reais. E também, ninguém se importa em saber, nem nós dois. 
Eu não te quero por perto mas ouço seu nome, e me dá calafrios. Não falo de você com ninguém, consigo me comunicar em códigos mas não vou muito além de explicação. Você mexe com o que vai muito além de paixão ou razão, você consegue alterar o estado, o toque, a falta de presença que acaba se tornando fato marcante e promissor. 
Não tenho que criar planos porque você não passa de algo que se esquece uma noite, ou depois de algumas doses de conhaque ou até mesmo de José Cuervo. Você é esquecível e passageiro, mas tem um pequeno porém, comecei a entrar num estado de negação, num estado que não há definição alguma. Eu? Apaixonada por você? Nunca.
Ele tem todas as personalidades que me afeta, somos do mesmo signo (é karma isso?) e a acreditamos nessa merda de destino, que sem querer (conhece alguma mulher que pergunta algo sem querer? pois é, eu não conheço, e eu não pergunto nada sem querer) perguntei a ele se acreditava em destino, e ele simplesmente disse sim, um belo sim, um triste sim, um animado sim.
Você acredita em destino, amorzinho? Sim. Sim! Gente! Ele disse sim! Tem noção do que é um cara lindo, bem resolvido, desapegado, dizendo sim para uma pergunta tão boba quanto a sua? E pouco me importo, ele sabe que sou louca, mas finge que nada disso acontece.

Eu não sei o que vai dar essa história, até porque jamais daríamos certo ou se isso chegar acontecer não me sentiria culpada por ter um homem tão diferente e tão misterioso. Eu não sei nem o que eu sinto ou o que senti, só sei que coloquei fé, só sei que estou querendo acreditar nisso, mesmo que a minha cabeça diga mil vezes que é para evitar. 
Essa história nem precisa ser recordada, mas como é bom ter um quase amor novinho em folha com gosto de algo saudável. Como se o mundo não tivesse nada certo, como se realmente acreditasse em destino. Tudo bem sou muito mal resolvida que já estou planejando como irei me sentir quando você for embora. 

Sou tão diferente conversando com você, não sei, você quer se manter atualizado em meus assuntos sendo que sabemos qual esse assunto se tornará tema. Não quero ser usada, mas às vezes, quero esquecer esses clichês de usar e ser usada. Às vezes me dá vontade de esquecer essas teorias criadas e meter a cara sem dó no pecado.
Você me considera, e eu lembro pouco de você. Pouco para não dizer muito. E eu me dei à liberdade de poder criar esse texto, porque você não é conhecido, não é ainda, é apenas um estranho que conseguiu ser muito mais que um estranho. Você não é nada sutil, você é tudo que eu não quero, mas no fim, insisto. Porque de tanto não querer, eu passei a gostar.
Ele não sabe da minha história mas conhece muito bem cada parte do meu corpo. Cada curva e cada pintinha. E ele adora minhas três pintinhas nas costas. Ele adora o jeito que jogo o meu cabelo de lado, e o jeito que resolvo as coisas. E eu adoro quando ele toca violão, e eu adoro o jeito que ele ri. Sua voz tão melódica, tão calma - como se tivesse fumado todos os baseados - Mas ainda assim, eu o adoro.
Eu sei que se você quiser, você consegue. Mas é uma pena que eu não caia na tua lábia. É uma pena que eu sei quando serei diferente ou não. Eu fui apenas mais uma e queridinho, você também foi apenas mais um que virou personagem.
É uma pena que você seja tão desapegado quanto eu. É uma pena que você não vale o prato que come. É uma pena que tem dias em que acordo simplesmente querendo ser tua, nada além disso.
Você está tão bem e é tão lindo. Eu estou bem mas sou uma zumbi. Mas não me importo. Não hoje. Me deixe. Quero sonhar com você. Quero sonhar com o teu sorriso meio de pervertido e ao mesmo tempo tão  inocente. Me deixe sonhar com você e por favor, não me acorde, não hoje.



Ps: Fiz esse texto em Março e só agora criei coragem para publicá-lo. Pois é, esse novo se tornou passado já.

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