9 de out. de 2013

Caio F. Abreu: Vera Antoun




" (...) Eu ia te escrever qualquer dia, eu tinha - e tenho - um monte de coisas pra te dizer, aquelas coisas que a gente cala quando está perto porque acha as vibrações do corpo bastam, ou por medo, não sei. Mas as coisas todas, externo-interno, eram muito difíceis e escuras, eu não tinha condições de mostrar ou dar nada a ninguém que não fosse também escuro, compreende? Eu não queria, eu não quero dar trevas, dor, solidão - eu quero dar luz, calor, amparo
(...)
Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não, mas acho que você sempre soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha de falar o que é bonito. Penso que a gente vai se encontrar de novo, e que tudo vai ser mais claro, que não vai haver medo ou coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis de serem compreendidas - se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso ao contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: Eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha - tenho - pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim. (...)"



Caio F.

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