1 de out. de 2013

Caio F. Abreu: Jacqueline Cantore





" (...) Fiquei pensando nessas coisas e lembrei duns versos de Bob Dylan, que me vieram em português — não sei em inglês, nem de que canção seriam: “Se eu quisesse, poderia enlouquecer/sei tantas histórias te rríveis”. Algo assim (...) Mas não vou ceder. Foi a ultima paixão. Paixão é o que dá sentido à vida. E foi a última. Tenho certeza absoluta disso. Agora me tornarei uma pessoa daquelas que se cuidam para não se envolver. Já tenho um passado, tenho tanta história. Meu coração está ardido de meias-solas. Sei um pouco das coisas? Acho que sim. Tive tanta taqui cardia hoje. Estou por aí, agora. Penso nele, sim, penso nele. Mas não vou ceder. Certo, certo: ninguém tem obrigação de satisfazer ao teu desejo, pela simples razão de que você supõe que teu desejo seja absoluto. Foda-se seu desejo, ora. Me dói não ter podido mostrar minha face. Me dói ter passado tanto tempo atento a ele — quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura. Rita Lee canta “são coisas da vida”. 
(...) Mas é isso. “Porém, com perfeita paciência/ sigo a te buscar/hei de encontrar.” Quis morrer de novo, engoli outra rejeição — mas estou vivo e, sinto muito, vou continuar. Te quero imensamente. Meu coração bate forte. " 
  

Caio F. 



(Carta de Caio Fernando Abreu a Jacqueline Cantore)


Coisas da vida - Rita diva Lee


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