7 de nov. de 2013

Um não poema sobre ser assim



Não é amor. Não é saudade. Não é nada.
É preciso soltar ou pegar de vez. Não dá para existir sendo meia boca.
Meia vontade. Meia má vontade. Meia aflição.
Não dá para existir sem saber da existência.
Sem querer ser mais para a vida.
Para a sua vida.
Para a minha vida.
Para a nossa vida.
Não dá para não chorar.
Não dá para seguir em frente sem olhar. 
Não dá.
Tentei. Juro.

A intuição bate. Não quero deixar entrar.
A loucura bate. Eu evito.
A solidão bate. Eu a deixo entrar e ainda ofereço café.
O amor entra, senta, e me conta dolorosas estórias.
Estórias tuas. Das tuas meninas. Da tua vida.
Estórias minhas. Da minha vida. Das minha desilusões e cotas diárias de mágoa.

Eu não quero ser de outro.
Eu não quero ser de ninguém. Não quero rimar igual música de Renato Russo.
Não quero. E espero que entenda essa minha fidelidade.
Não há nada mais sexy do que ficar apaixonada por alguém que caga para a minha vida.
Espero que entenda e não evite.

Me sinto em um campo minado. Um passo em falso e eu explodo.
Ou você explode.Ou explodiremos. E partiremos.
Me sinto assim. Triste. Corrosiva. Aflita.
Não sei o que vai vir. Não sei o que vai ficar.

Qual bebida eu quero, moço?
A que me deixe mais bêbada. Pode ser vodka.
Quero mais dose de vodka, por favor.
Vou virar mais um copo. Vou virar só mais uma dose.
Vou sair daqui carregada. Vou só sair. Minha alma vai ficar.
Mais uma dose, moço.
Tá forte mas, eu aguento.
Não me machuque mais. 

Só quero saber recomeçar. Só. 




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6 comentários:

  1. Você que escreveu? Que perfeito! *O* Parabéns pelo blog <3
    Beijos

    marinaalessandra.blogspot.com
    @mariinaale

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  2. sempre tão uteis os recomeços, tanto quanto um novo dia... belo trabalho

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  3. É como se tivesse escrito diretamente para mim *----* Lindo Layla!

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