2 de mar. de 2014

O fim é o começo



O fim é preciso. Cheguei a essa percepção esses dias atrás e precisava associá-lo bem. O fim é apenas o começo de uma nova etapa, de novos sonhos, de até mesmo novas dores. Já vi tantas vezes o fim na minha frente, e logo em seguida, estava lá, juntando os cacos, e refazendo minha vidinha aos poucos. Levo minha vida com calma, e quero viver um dia de cada vez.Levo tudo dentro da minha bolsa, mesmo sabendo que não há nenhuma necessidade disso. Levo minhas histórias, minhas amigas de infância que já não as vejo, meus amores tortos, e até mesmo meus contos que nunca consegui dar um fim certo.
Levo tudo, para apenas ter a noção que vivi tudo aquilo. Posso até ter feito muito drama, posso até mesmo ter jurado que não iria dar a volta por cima, pois bem, olhe só: Minhas dores passam. Sério. As dores passam. A vida passa. E tudo que precisa fazer é se deixar levar com ela. Estou me permitindo mais, me arriscando mais, e querendo ser mais. Estou saindo da minha rotina tão monótona e fazendo o que antes não queria: Viver. Tudo estava conforme ao previsto: Fim de um amor, choro, drama, mais choro, e mais drama, e no fim, mais choro ainda. E não me dei por vencida. Não quis chorar porque estava largando tudo para trás, apenas sorri e tive a plena consciência que fiz tudo que estava ao meu alcance. Não quis ficar triste porque sabia que seria desgaste emocional sem sentido, e estou numa fase em que, não quero me desgastar mais.
Quero viver mais, pensar menos, e parar de evitar a vida. Não quero controlar a vida, quero me deixar levar por ela. Sabe, talvez você fique triste ou aliviado por ler minhas palavras, mas quero que saiba que estava apaixonada. E fui embora antes que partisse meu orgulho pela milésima vez em tão pouco tempo. Fui embora, sim. Fui embora e não quis ficar. Você pode até dizer que sou confusa, tão passageira e leviana, mas tudo isso foi para que não partisse teu orgulho, e que você pudesse lidar. Me fiz de leve para que pudesse me carregar mas ainda assim, não quis. E aqui estou, escrevendo para dizer mais uma vez que o fim não é tudo. O fim é a ressuirreição. É a nossa salvação. E infelizmente, o fim é apenas o nosso fim.
Estou tentando viver um dia de cada vez mesmo sabendo que quero devorar tudo. Ossos, sangue, e alma. Quero detonar, explodir, e não quero juntar os cacos depois. Quero sugar a alma, sugar até a última gota disso. Quero morrer e continuar vivendo. Quero viver continuando morta. Quero tudo, quero mundo. Mas uma vozinha dentro da minha cabeça só pede para ter calma. Só mais um pouquinho de paciência, Layla. Só mais um pouquinho, só. Logo a vida está de volta. Calma. Tenha foco, tenha controle, boa menina! Você se sairá bem.
Foda-se o auto-controle. Foda-se o controle da minha mente tão robótica. Foda-se minhas lembranças que já não cabem dentro de mim. Não posso lamuriar para sempre. Só quero te dizer apenas que doeu. Sangrei noites e mais noites. Prometi escrever versos vagabundos. E chorei em silêncio. Mas olhe só, meu querido, o tempo passou. Não há mais tempo para lamuriar e nem para poder dizer tudo o que você poderia ter me dito. Apenas o tempo passou, e de novo, vem aquela voz na minha cabeça falando que, o fim é apenas o começo.


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