15 de jun. de 2011

Futuro



Precisamos crescer. Deixaremos para trás os sonhos, as brincadeiras, os amores de verão. Esqueceremos de nossas conversas, nossos pequenos sonhos e os nossos assuntos importantíssimos, que futuramente, serão apenas assuntos sem importância. Deixaremos dia após dia o que fomos – tornaremos algo que não sabemos bem quem é exatamente – Novos sonhos se acumularão dentro de nós, outros sorrisos e até mesmo, esqueceremos de todas as noites que passamos chorando apenas porque o bonitinho ou a bonitinha não queria saber de nós. Esqueceremos das noites em claro, daquela agitação que a nossa vida havia se tornado, e nossos planos, cadê? Sumiu oras, o tempo apagou. O dia amanhece, a noite caí rapidamente. Ficamos nessa rotina de nunca-mais-nos-falarmos-porque-somos-egoístas. Ficamos nessa brincadeirinha de “Ah, eu o conheço” mas o assunto acaba aí, nada de intimidade, nada de puxar assunto sobre isso. Me conhece? Fico feliz, feliz mesmo. Porque aí sim, não sou apenas uma desconhecida louca (e loira) do seu mundinho tão supérfluo.
Continuaremos nesse joguinho de desprezar, ignorar, abafar o caso até que o tempo nos afaste de vez. Tenho a certeza que posso me arrepender no futuro, mas hoje consigo simplesmente seguir em frente. Você pode se arrepender quando me ver, ou quando vierem falar o meu nome. Você pode até mesmo se perguntar em silêncio o que houve comigo, o que aconteceu com os meus textos e com o meu excesso de amor, que muitas vezes é tido como louco. Pensei até mesmo em procurar o MADA, não queria que tudo continuasse assim, não quero que continue. Simplesmente, cresci.
Deixei os sonhos loucos para trás. Não quero que o mundo acabe – ah, na verdade, tanto faz, mas que não seja o ano que vem – Não quero ser a feliz, a idiota, a retardada que sempre conta historinhas loucas para que todo mundo possa pensar que estou realmente bem. Nada disso, o tempo passou, meu amorzinho. Nossos sonhos foram jogados no lixo, como papéis velhos. Sem histórias, sem nada.
Pensei seriamente o que era realmente Seguir em Frente.  De qualquer forma, o universo conspirava que isso acontecesse para mim. Mesmo que tudo desse errado, a certeza que tinha era que decididamente, precisaria esquecer o passado – pessoas, frases, momentos e atitudes – Precisaria até mesmo conquistar um lugar que pudesse me sentir protegida. De qualquer forma, eu precisava aceitar que esse amor já não cabia somente em mim, ele já me pertence. Por mais voltas que eu desse, sempre voltava para o mesmo lugar. Vivi muitas vezes aquela luta de vamos-esquecer-ou-sofrer. O universo me empurrou para frente – ou alguma força celestial que está movendo o mundo – Sem muitos esforços percebi que ando não crendo em ideal algum, sem sonhos, sem assuntos, com algumas esperanças, mas nada muito grave.
Saberia que esse dia iria chegar. Saberia que de qualquer forma, a brincadeira acaba, o sofrimento se acostuma – dentro de mim, já não há uma dor como antes – Às vezes, aparece um nó na minha garganta, mas não quero ser fraca. Eu não sou fraca, e você que me lê, também não. Precisamos acreditar em algo, não sei o que exatamente. Consigo até me ver em novas situações, sem a espera dele. Tudo bem, essa espera nunca irá me cansar, mas continuarei a seguir minha vida. Irei beber, gritar, dançar e quebrar a cara muitas e muitas vezes. Porque adiar a vida é perda de tempo, só tenho essa certeza. Se ele me amou? Bom, não sei. Gostaria de saber, talvez... ou não, é melhor deixar para lá, igual ele fez comigo. Ele simplesmente me deixou para lá, como se eu fosse apenas uma menina burra, uma menina que não havia potencial algum na vida. E hoje, depois de alguns meses, posso dizer claramente que não me arrependo do tempo perdido. Sei que de alguma forma ele me lê, ele me entende. Talvez, ele não tenha forças para voltar a falar comigo, mas eu sei que não deseja o meu mal. Ele quer me ver bem. E eu sei, eu também quero que tudo aconteça de maneira linda para ele. Ele merece ser feliz, mesmo que não seja comigo. É apenas isso que tenho para falar. 

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