22 de jun. de 2011

Desespero



Sempre fui a animada, a falante, a louquinha que dizia o que pensava. Mas no meu momento de fraqueza tudo aconteceu. Perdi todos a minha volta – Todos foram embora sem ao menos dizer o que estava acontecendo. E aí me vi sozinha. Fui deixando de lado, desisti de tudo, dos meus sonhos, da minha fé e do meu potencial de consolar as pessoas. Fui ficando sem saco para os problemas. Não me preocupo mais com a minha aparência, deixei de me maquiar, e quero mostrar o que me transformei. Fiz um corte dolorido em meu pescoço, mas por algo incrivelmente forte, não acertei o lugar certo. Foi cruel, fiz isso chorando. Olha que ironia, a louquinha feliz tentando suicidar. Isso é meio do contra, não é? Pois é, a louquinha feliz já não é feliz, muito menos, louca. Sou sensata. Não tenho medo da morte, não tenho medo da dor, não tenho vergonha de chorar. Tenho um amor enorme dentro de mim, mas simplesmente abafo o caso. Você não me quer por perto, e está tudo bem. É bem melhor que continue longe, não quero que meu fracasso te atinja. Quem me vê, não sabe o que eu penso. Posso ficar calada, mas meu cérebro trabalha muito – Não consigo parar de pensar – Penso em morte constantemente, desejo em silêncio nunca mais viver. Eu sou apenas uma menina que quer desistir de tudo.
Ninguém imagina mas não tenho potencial algum. Não quero briga com a morte.  Quero voltar correndo para casa, quero voltar correndo para minha cama, e ficar escondidinha de tudo e todos, tenho vontade de nunca mais acordar, nunca mais me levantar, nunca mais ser feliz. Sou depressiva, sou dramática, mas além de tudo isso, sou uma menina de dezessete anos e que não vê futuro algum pela frente. Não tenho mais sonhos. Não acredito em destino, acredito em escolhas. Escrever isso me faz parecer fraca mas quero que guardem isso : Eu não sou covarde, muito menos, fraca. Eu enfrento o mundo mesmo, não deixo de lado, nem sempre perdôo, não ignoro. Eu grito, eu falo alto. Eu bebo, danço, canto e faço piadinhas. Sou uma menina.
Me sinto surrada, fracassada e aflita. Tenho essas crises de vez em quando, e não é nada fácil mostrar sempre a apaixonada durante o blog. Eu o amo, mas não foi por ele que tentei acabar com tudo, jamais acabaria minha vida por culpa dele. Não quero provar algo para ninguém. Chega uma hora que cansa e eu cansei. Por isso, venho loucamente escrever esse texto sem fundamento. Sou sobrevivente, e sou vítima de caos. E meu pescoço está doendo pelo corte que eu fiz, mas há uma dor muito mais forte em mim : A dor de não acreditar nada. Essa dor arde muito mais que qualquer uma outra.
Não quero parecer dramática, não quero que falem comigo como se eu fosse uma suicida-que-a-qualquer-momento-possa-cortar-de-vez-o-pescoço, só quero que entendam que eu não estou bem. Não me matarei, mamãe – Se isso te preocupa – Só foi um dia ruim, como todos os dias ruins, mas dessa vez, não suportei a dor. Mas logo estarei melhor, e tentarei ficar melhor por mim, e por todos aqueles que me querem ver bem. 

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2 comentários:

  1. acredito na tua força. acredito em cada palavra que voce escreve.

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  2. Meu Deus. É exatamente assim que me sinto. Não cheguei a fazer nada do que você fez, mas realmente me sinto assim. Com um grande desespero e uma grande dor. E embora eu nem te conheça, peço que não desista de tudo. Se quiser conversar, qualquer coisa assim, entre em contato comigo. Um beijo.

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