Promessas.

Prometi para mim. Nenhuma palavra. Nenhum gesto. Nenhum contato. Prometi para mim que sou uma mulher que tem que ser levada a sério, e que a partir de tudo que aconteceu, queria ser tratada como tal. Prometi para mim, vou me cuidar mais, me amar mais, e amar menos quem não me ama. Prometi para mim, não vou chorar por ninguém mais.  Prometi para mim. Nada de pegar o celular na madrugada e sentir-se aflita. Nada de imaginar. Nada de pensar no que foi ou no que deveria ter sido. Nada de boicotar os meus pequenos planos. Prometi para mim, vou ser feliz.
Mas é uma pena que às vezes eu não quero levar ninguém a sério. É uma pena que às vezes esqueço as minhas promessas. Mas, já prometendo novamente, prometo não mentir para mim. Mentir para mim mesmo seria cruel demais, e eu não aceito mais que me machuquem, e que eu seja masoquista. Mas hoje, vou levar as minhas promessas a sério, e amanhã, eu deixo só para amanhã. Chega de evitar o hoje para pensar no amanhã. Chega.
Prometi para mim. Sorriso só se tiver realmente feliz. Abraço só se tiver com vontade de abraçar. Beijos só se eu querer beijar. Resolvi me dar ao respeito. Prometi voltar a ser orgulhosa. Já que, o menino filho de uma boa mãe deixou a única coisa que eu tinha ferido, o meu próprio orgulho. Eu prometi. Agora só resta cumprir. Promessas vem e vão, promessas são assim, são esquecidas, e outras lembradas.
Foi difícil, foi. Acabou, puxa, acabou. Tenho saudades, tenho saudades demais. Pego o celular, olho para a tela, e volto a deixá-lo longe de mim. Sem ligações. Sem. Se chorei, chorei. Se usei pessoas, passou. Mas passou, ufa. Fiz promessas, sim, fiz. Mas passou, acabou, nossa, acabou. Que saudades, não, saudades não. Ele feriu meu orgulho, borrou minha maquiagem, mas não irá fazer quebrar as promessas, não agora.